12 de setembro de 2009

Gripe A - Informações


Crianças doentes... pais em casa

A Gripe A pode obrigar muitos pais a ficar em casa, seja para tomar conta de um filho doente ou porque a escola fechou, por prevenção. Uma situação excepcional que já obrigou a alterar o sistema das baixas médicas.

Quem ficar a cuidar de um filho tem direito a faltar ao trabalho para prestar assistência à família. Nestes casos, a remuneração é equivalente a 65% do ordenado:

Até 30 dias por ano, se a criança for menor de 12 anos, ou independentemente da idade, se for portadora de deficiência ou doença crónica
Até 15 dias por ano, se a criança for maior de 12 anos, ou independentemente da idade, se for portadora de deficiência ou doença crónica
Durante todo o período de uma hospitalização
Se eu ficar doente, o meu filho deve ficar em casa?

Neste caso, a recomendação oficial é a de que todo o agregado familiar mantenha a rotina, ou seja, as crianças não devem deixar de ir à escola. Filipe Froes, consultor da Direcção-Geral da Saúde (DGS), recomenda, no entanto, que o doente cumpra as regras de isolamento e protecção, além de que deve ser reforçada a vigilância aos sintomas nos restantes membros da família. Os contactos próximos que façam parte de um grupo de risco - asmáticos, diabéticos - devem tomar Tamiflu, preventivamente. Pedro Simas, virologista do Instituto de Medicina Molecular, tem outra opinião: "A probabilidade de transmissão do vírus entre pessoas que vivem na mesma casa é muito grande. Numa lógica de contenção da epidemia, fará mais sentido que todo o agregado familiar respeite a quarentena de sete dias."

Devem evitar-se os autocarros para a escola?

Nos transportes camarários, de uso exclusivo das escolas, é importante que cada criança ocupe sempre o mesmo lugar. Desta forma, reduz-se o contágio e facilita-se o controlo da epidemia. Nos transportes públicos, é importante seguir todos as regras de contenção da epidemia (cuidado ao espirrar, tossir) e evitar estar muito próximo das outras pessoas. À saída do autocarro deve lavar-se as mãos ou desinfectá-las com uma substância alcoólica. Ao mínimo sinal de gripe, a ordem é deixar de andar de transportes colectivos. Sempre que possível, e nas alturas de pico da epidemia, é preferível que os alunos vão para a escola a pé ou em viatura particular.

Devo adiar a entrada do meu filho na creche?

Na gíria pediátrica, o infantário ganha a designação de "infectário". Um mal necessário que se paga com doenças, sobretudo infecções respiratórias, desde que a criança entra na escola. "Antes, as doenças apareciam na escola primária, agora é mais cedo", nota a pediatra do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Paula Valente. Mesmo assim, esta médica, de 67 anos, não advoga o adiar da entrada na creche. "Há medidas que não são realistas. Se os pais tiverem de deixar os filhos na escola para poder ir trabalhar, não faz sentido aconselhar o contrário." No entanto, para as crianças com menos de 6 meses ou com problemas respiratórios, a especialista recomenda que se evite a ida para a creche, especialmente no pico da epidemia.

O que guardar na mochila?

Garrafa de água (os bebedouros estarão selados)
Lenços de papel (usar uma vez e deitar fora)
Toalhetes desinfectantes (para usar sempre que não for possível lavar as mãos com sabão)
Um iogurte, uma sande e uma peça de fruta (uma alimentação equilibrada - variada e rica em vitaminas - é fundamental para enfrentar o vírus)
O contacto mais imediato dos pais ou encarregado de educação
Conselhos aos pais

- Em Portugal, 30% das crianças têm excesso de peso e a obesidade é um dos factores de risco, em matéria de gripe. Nunca é tarde para adoptar hábitos de alimentação saudável - a típica dieta mediterrânica, rica em verduras, fruta, azeite e pão

- Cabe aos pais informar os responsáveis da escola acerca das fragilidades dos seus filhos, sinalizando problemas respiratórios, diabetes, alergias a medicamentos ou qualquer outra patologia que possa condicionar o estado geral de saúde

- É importante ensinar as crianças a tossir e espirrar para o antebraço ou para um lenço de papel, que deverá ser deitado fora, depois de utilizado

- A lavagem das mãos deve ser adoptada pelas crianças como rotina, antes de saírem de casa e quando regressarem da escola

- Uma criança com febre tem de ficar em casa

- A escola deve ser avisada, no caso de um diagnóstico de gripe

- Os espaços abertos, como jardins ou parques, devem ser preferidos, relativamente aos locais fechados, com pouca circulação de ar

- Restringir as visitas de pessoas com sintomas gripais

- Consultar o médico de família para avaliar a necessidade de vacinar ou não as crianças contra a Gripe A (as primeiras vacinas estarão disponíveis em Setembro, para os grupos de risco)

- Manter em casa uma reserva de paracetamol, toalhetes desinfectantes, máscaras de protecção

- Estar atento aos sintomas gripais - febre alta, de início súbito, dores no corpo, tosse, nariz entupido, dor de garganta, arrepios, fadiga, vómitos ou diarreia

- Evitar as urgências hospitalares e ligar para a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24)

E se a gripe lhe bater à porta...

- O doente deve ficar num quarto, sozinho, de porta fechada, idealmente com uma casa de banho de uso exclusivo

- Deve ser sempre a mesma pessoa a cuidar do paciente, sendo esta a única a entrar no quarto

- Mulheres grávidas ou pessoas com doenças crónicas não devem aproximar-se do doente

- O espaço onde está o engripado deve ser arejado, com janelas, bem como as zonas comuns da casa

- Os objectos e roupas não devem ser partilhados

- Nos doentes, medir a febre de manhã e à noite, registar a evolução e controlá-la com paracetamol

- Tomar muitos líquidos para manter a hidratação

Alerta

- Dificuldade respiratória, vómitos persistentes, prostração, pele arroxeada, recusa alimentar ou persistência da febre durante mais de quatro dias, são sinais de complicações.

Na escola já trabalhamos nesta prevenção por isso aqui deixamos mais informação útil.


Informação retirada de http://aeiou.visao.pt/

Nenhum comentário: